quarta-feira, 21 de março de 2012

Os Golfinhos

Comunicação entre golfinhos

Os golfinhos, como qualquer outro animal, necessitam de uma constante informação sobre o estado do mundo externo. A aquisição de informação proveniente do ambiente realiza-se por métodos bastante diferentes dos humanos e o seu estudo levou a uma das mais surpreendentes descobertas em torno dos golfinhos. Tal como o Homem, os golfinhos são praticamente anósmicos, isto é, a sua percepção olfactiva é francamente deficiente, sendo mesmo, muito provavelmente, inferior à do Homem e outros primatas. Os golfinhos utilizam a emissão de sons como sistema de detecção e também para fazer os indivíduos comunicar entre si.

 

Origem

Pouco se sabe acerca dos fósseis de antigas espécies de golfinhos, e o que se sabe é extremamente incerto. Supõe-se que há cerca de 50 milhões de anos atrás, uma espécie de gato pré-histórico, começou a passar mais tempo na água à procura de alimento, e que eventualmente se transformou para melhor se adaptar a esse novo meio ambiente.
Os animais marinhos eram uma nova fonte de alimento inexplorada. Mesmo assim, demorou ainda milhões de anos até que os primeiros cetáceos aparecessem nos oceanos.
Os primeiros cetáceos foram provavelmente os "Protocetidea", há cerca de 40-50 milhões de anos atrás. Tudo o que sabemos acerca destes pioneiros cetáceos é que possuíam algumas características reconhecíveis da sua espécie. O seu estilo de vida séria, provavelmente anfíbio e não completamente aquático.

 

Reprodução

Nasce apenas um filhote de cada vez e a gestação dura, em média 12 meses, dependendo da espécie. Observando golfinhos em cativeiro, os cientistas determinaram o tempo de gravidez exacto para algumas espécies, mas o período de gestação contínua desconhecido para a maioria das espécies de golfinhos. Os cientistas crêem também que quase todas as espécies são promiscuas (partilham as fêmeas). O bebé quando nasce aponta primeiro o rabo, e mama até aos 4 anos. Os detalhes mais íntimos do acasalamento e nascimento de golfinhos, têm permanecido escondidos da observação humana. Pensa-se que o acasalamento é sazonal e é realizado de barriga para barriga como as baleias e muitas fêmeas não reproduzem todos os anos. Por vezes existe uma fêmea a ajudar no processo. O pai do golfinho bebé não participa na vida activa e no tratamento do seu filho.

 

Alimentação dos golfinhos

Os golfinhos são caçadores, e alimentam-se principalmente de diversas espécies de peixe. Contudo alguns golfinhos preferem lulas e outros comem moluscos e camarão. Um macho adulto em cativeiro, devora cerca de 160 Kg de peixe por dia, mas a média é de 79 Kg para os machos, 63 Kg para as fêmeas e 16 Kg para os bebés. Os cientistas determinam a dieta dos golfinhos examinando o estômago dos animais mortos nas praias e por vezes, mas com raridade, as suas fezes.
Provavelmente todas as espécies de golfinhos usam o sonar para apanhar os peixes. Em pleno oceano, os golfinhos muitas vezes encurralam os cardumes de peixes, obrigando-os a saltar para fora de água. 

 
 

Golfinho-Riscado - Stenella coeruleoalba

A impulsão através da água é conferida pelos batimentos da cauda, de cima para baixo e em sentido contrário, utilizando as barbatanas peitorais para definir o rumo e para a estabilização. As barbatanas peitorais evidenciam a origem terrestre do golfinho, com uma estrutura típica de membro ósseo, com cinco dedos. Os golfinhos têm grande capacidade de aprendizagem, sendo actores populares nas exibições de determinados aquários. A espécie mais frequentemente observada nestes locais é o Roaz-Corvineiro, Tursiops truncatus. Apresenta uma coloração maioritariamente cinzenta e cresce até um comprimento máximo de 4,2 m. Os golfinhos marinhos encontram-se principalmente ameaçados pelas redes de pesca e pela poluição. 


 
 

Orca - Orcinus orca

Existem apenas cinco espécies de golfinhos-de-rio. Todas elas estão ameaçadas pela construção de barragens e pela poluição, e algumas, como o golfinho-lacustre-chinês, Lipotes vexillifer, do rio Chiang Jiang, China, estão em perigo de extinção. Como resultado da vida em águas turvas, os olhos dos golfinhos de rio tornaram-se muito pequenos. Utilizam o mecanismo de ecolocalização para se movimentarem e encontrar as presas. Algumas espécies de golfinhos podem nadar a uma velocidade que pode atingir 36 km/h, devido, em parte, às modificações hidrodinâmicas específicas da pele.